A ALDEIA CABE NO COCAR
O equilíbrio está sempre presente nas peças Kayapó.
Além de ser o adorno mais importante para a maioria das etnias, o cocar circular solar também sinaliza a disposição
das casas na aldeia e a adoração e respeito dos índios por todos os elementos que os rodeiam.
O verde e o marrom representam as matas e a terra que protegem as aldeias e, ao mesmo tempo, são a morada dos mortos e dos seres sobrenaturais. São consideradas lugares perigosos, já que fogem ao controle dos Kayapó.
As penas azuis, normalmente colocadas no centro, representam a casa dos homens, que fica bem no coração da aldeia.
É a “prefeitura” Kayapó, presidida apenas por homens. Alí eles se reúnem diariamente para discutir caçadas, guerras,
rituais e confeccionar adornos, como colares e pulseiras.
A cor mais forte, o vermelho, se refere ao mundo feminino e doméstico.
O amarelo simboliza o sol, mas acima de tudo a própria aldeia, refere-se às casas e às roças, áreas dominadas pelas mulheres.
Nesses espaços, elas pintam os corpos dos maridos e dos filhos, plantam, colhem e preparam os alimentos.
Como acabamento, são colocadas penugens brancas, pretas,
e algumas outras cores representativas das preciosidades da floresta.